quinta-feira, 19 de maio de 2011


Por Kahena Abdala

Uma menina dos sonhos intermináveis, das buscas interrompidas por seu existencialismo confuso. Não aquela mesma que já fingiu ser uma atriz, uma jogadora, uma boneca tão frágil e utópica.
Agora, não menos que 10 da noite me encontrei na sua presença, na sua confusa e mal interpretada consciência de si, um paradoxo sentimental e por vezes existencial.
Naqueles vagos e frágeis pensamentos, naquelas angústias e ansiedade em que encontrava, mostrou se tão forte e tão seguro que pude mesmo assim dentro dos seus olhos perceber a confusão em sua mente.
A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.
Pude perceber a intensidade dos seus sentimentos por vezes loucos, fantásticos e obsessivos. Por um esforço consciente pegou em minhas mãos, pude perceber seus gestos trêmulos, em poucos segundos apertou sua mão sobre a minha, como um filho que segura à mão de sua mãe, sentiu-se ali segurança. Saberia que estaria com a pessoa certa. Meu coração disparava, e minhas mãos ficaram frias, opondo-se a uma temperatura corpórea aparentemente oposta. Deitei em teu colo, e em alguns momentos pude sentir uma paz vinda de você, olhou-me profundamente e meus olhos revelaram o que minhas palavras não conseguiram dizer.
Você insinua agora minha fragilidade, demonstra saber que entende a mim, como se fosse já uma parte daqui.
 Descuido ao dizer que preciso ir embora e que já está tarde, por mais que pensasse que eu não voltaria, eu não podia dizer o contrário.
Eu não quero me afastar, nem tão pouco ficar
Não, não quero perder-te, preciso olhar em seus olhos, eles dizem mais que você.
Em instantes momentos lembro-me que não posso ficar contigo, não agora, preciso partir, está cedo e ao mesmo tempo...tarde demais. Quero poder um dia voltar, encontrar contigo naquele mesmo lugar, más não quero dizer que o amo, mas que me lembrei de você durante todo os dias em que não lhe vi.

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